Afrodisiacos naturais

Quais as causas da Impotencia?

02-10-2011 11:46

Nós podemos classificar as causas da impotência, ou disfunção erétil, em dois grupos:

  • Causas puramente psicológicas (20% de todos os casos)

   - Causas psicológicas ocasionais (afectam no mínimo uma vez todos os homens adultos)

  • Causas puramente orgânicas (80% de todos os casos)

 

Causas Psicológicas

Existem muitas razões para uma causa puramente psicológica ou orgânica da impotência. Ela pode começar abruptamente, geralmente após um grande trauma psicológico. Ou, pode se instalar gradualmente como resultado da depressão, ansiedade e stresse crónico. Além disso, em muitos distúrbios mentais, a libido sexual e a potência podem estar afectadas.

Por outro lado, existe uma situação muito comum, que afecta no mínimo uma vez todos os homens adultos, particularmente, aqueles envolvidos em relações sexuais casuais, a qual é chamada de "ansiedade de performance", ou medo de falhar. Muitas sociedades esperam do homem um papel sexual agressivo, e consideram que a falha em executá-lo é vergonhosa. Então, a auto-estima do homem pode ser afectada por uma impotência ocasional, e isto pode conduzir à ansiedade e inibição de reflexos sexuais.

Falhas ocasionais na performance também são encontradas em muitas outras situações. Elas podem ser, por exemplo, uma simples falta de diálogo com o parceiro sexual, um atrito conjugal (por ex., após uma discussão), a presença de elementos perturbadores no ambiente, tais como barulho ou luz, uma diminuição temporária na libido sexual, devido a fadiga ou a preocupações, ou medo de ser apanhado em relações ilícitas.

Uma questão importante feita pelos médicos para determinar a causa da impotência, é se o paciente frequentemente acorda com erecção. Erecções "matutinas" são psicológicas, e estão relacionadas aos mecanismos de suprimentos do sangue durante o sono, e não na excitação sexual. A presença destas erecções geralmente significa que a principal causa pode não ser orgânica.

Entretanto, os factores psicológicos também estão presentes quando a causa da impotência é puramente orgânica. A incapacidade de alcançar erecção nestes casos aumenta a ansiedade e o medo de não conseguir obter erecção.

 

Causas Físicas

Existem muitas causas físicas para a impotência temporária ou crónica, as quais podem se estender desde as mais curáveis ou preventivas, até as causas mais severas, as quais não podem ser curadas sem medidas invasivas ou radicais, tais como a cirurgia.

As seguintes causas são bem conhecidas e estudadas:

  • Problemas com o suprimento de sangue do pénis
  • Efeitos secundários de drogas e medicamentos
  • Distúrbios do sistema nervoso
  • Distúrbios hormonais
  • Danos estruturais do pénis
  • Obesidade
  • Diabetes
  • Outras doenças

 

Doença Vascular Periférica

Esta é a causa mais comum da disfunção eréctil, porque está correlacionada com muitas doenças sistémicas que afectam os vasos sanguíneos da região genital, directa ou indirectamente. Doenças crónicas, tais como diabetes melitos, colesterol alto e outras, levam a destruição das paredes contrácteis das veias, ou provocam endurecimento, estreitamento ou bloqueio das artérias que chegam ao pénis. A erecção do pénis acontece quando o sangue, carreado pelas artérias do pénis, preenche os corpos erécteis feitos de tecido esponjoso. Qualquer falha neste mecanismo de preenchimento, tal como o estreitamento das artérias e placas arterioscleróticas, podem conduzir a uma insuficiência eréctil. A erecção é mantida por um aprisionamento fisiológico do fluxo de sangue acumulado no pénis, via vasos sanguíneos. Qualquer falha neste mecanismo (relaxamento do sistema vascular do pénis) resulta em erecções menos rígidas ou incapacidade em mantê-las pelo tempo suficiente para completar o coito.

Insuficiência vascular é talvez a causa que se correlaciona melhor com a idade. Geralmente, a impotência causada por factores vasculares parece aumentar lentamente ao longo dos meses ou anos, primeiro causando uma diminuição na firmeza das erecções, para finalmente tornar-se o factor preponderante

A abordagem diagnóstica para a doença vascular é investigá-la com ultra-som, através de um método chamado caverno sonograma Doppler, o qual é capaz de desenhar a imagem colorida do fluxo sanguíneo no pénis.

 

Medicações e Drogas

Mais de 200 medicamentos do receituário médico são conhecidos por afectar a função eréctil no homem. De fato, existem tantos, e para tantas condições, que isto deve ser uma das principais causas provocadoras da impotência orgânica. Algumas destas drogas promovem impotência por actuarem no sistema nervoso central. Outras afectam a intensidade do suprimento sanguíneo do pénis, ou promovem relaxamento dos vasos sanguíneos. Entre elas estão:

  • Medicamentos usados para tratar hipertensão arterial (pressão alta), tais como espironolactona e diuréticos a base de tiazida, bem como beta-bloqueadores
  • Medicamentos usados para tratar depressão (antidepressivos) e ansiedade (ansiolíticos), tal como fenotiazina.
  • Medicamentos usados para tratar distúrbios neurológicos, tais como doença de Parkinson e outras.
  • Medicamentos usados para tratar problemas gastrointestinais, tal como a cimetidina.
  • Medicamentos usados para tratar alergias.

Além disso, o abuso de substâncias, tais como álcool, tabaco, cocaína e outras é a maior causa de impotência nos dias de hoje. É irónico que estas substâncias de abuso são consideradas afrodisíacas, quando tomadas em pequenas quantidades. De fato, um cálice de vinho durante um encontro romântico pode "soltar" inibições e diminuir a ansiedade de performance ou outros factores psicológicos inibidores explicados acima.

Um ansiolítico leve pode causar o mesmo efeito. Alguns fumantes ficam mais calmos ao desfrutarem lentamente um cigarro, cachimbo ou um charuto. Para algumas pessoas, a poderosa sensação de bem-estar que acompanha a ingestão de cocaína e outras drogas, pode actuar como excitante sexual. Entretanto, o abuso crónico e altas doses têm o efeito oposto.

Mais de 80 % dos alcoólatras sofrem de impotência sexual crónica. Estudos científicos têm mostrado que fumantes crónicos têm danos importantes no seu sistema suprimento sanguíneo genital.

Danos Neurológicos

Doenças nervosas ou danos aos nervos que controlam o processo de erecção estão entre as causas mais comuns de impotência.

O grande aumento na incidência de hiperplasias e de câncer da próstata nas últimas décadas é um dos maiores culpados. A cirurgia da próstata danifica os nervos em mais de 80 % dos casos. Parte destes pacientes recuperam a função sexual, completa ou parcialmente, após um ano ou mais, mas a maioria permanece impotente por toda a vida. A terapia por radiação do cancro de próstata, ainda que menos traumático, também tem um efeito sobre a potência sexual. Outras cirurgias pélvicas podem ter um efeito deletério da erecção.

Outra causa da impotência é o trauma na virilha. Esta é mais comum do que imaginamos, particularmente em alguns desportos. Recentemente, um grupo de pesquisadores desvendou que o facto de que andar de bicicleta pode ser a maior causa da impotência, porque fortes golpes do períneo (o triângulo entre o ânus e a base do escroto) contra a barra frontal da bicicleta são muito danosos. Ainda precisa ser comprovado se o trauma constante, de baixa intensidade causado pela fricção do períneo contra o assento poderia também ser responsável pela disfunção eréctil.

Algumas doenças nervosas afectam fortemente a capacidade de alcançar a erecção, porque elas atuam sobre estruturas cerebrais que são responsáveis pelo controle central do impulso sexual e a sua performance. Elas são: doença de Parkinson e outras doenças do sistema motor, derrame, esclerose múltipla, alguns tumores do cérebro e da glândula hipófise, e epilepsia. Injúrias na medula espinhal ou nervos que vêm ou vão à área genital, é claro, também são muito comuns, tais como na compressão do disco vertebral e injúrias traumáticas, tais como paraplegia e tetraplegia, ou em paralisia regional.

 

Danos Estruturais do Pénis

Existem doenças menos comuns, entre elas, fibrose do tecido do pénis, causadas por doenças orgânicas, doença de Peyronie (ela leva a um encurvamento anormal do pénis), cistos e tumores.

 Distúrbios Hormonais

Aproximadamente 5 a 10 % da população masculina sofre de algum tipo de distúrbio hormonal. O mais comum, que também se correlaciona com a idade, é uma constante diminuição nos níveis de testosterona, a principal hormona sexual masculina. Ela tem provavelmente alguma coisa a ver com a diminuição na capacidade das células testiculares em sintetizar a hormona. Este fenómeno levou alguns especialistas a pronunciarem que existe um tipo de "menopausa" para o homem, não tão drástica como para a mulher, a qual foi chamada de andropausa. Ainda que isto seja controverso, o facto permanece que muitos precursores metabólicos da testosterona (substâncias usadas pelo corpo no processo de síntese) tais como DHEA (dehidroxiepiandrosterona), diminui significativamente com a idade.

 

A diminuição de testosterona tem sido associada à diminuição na libido sexual e performance, porque os circuitos cerebrais e os tecidos do pénis são dependentes destes níveis hormonais (entretanto, uma percentagem significativa de homens com baixos níveis de testosterona permanece com performance sexual inalterada). Quando baixos níveis de testosterona afectam as características sexuais primárias e secundárias (por exemplo, quando o crescimento da barba é consideravelmente lento, ou existe perda de pelos no peito ou na pelve, ou mesmo a atrofia dos testículos e pénis, e um aumento na região das mamas chamado ginecomastia), diz-se que existe uma condição chamada hipogonadismo (de gónadas, ou glândula sexual). Existem dois tipos de hipogonadismo:

  • Hipogonadismo primário, causado por uma doença nas células produtoras de testosterona
  • Hipogonadismo secundário, causado por uma doença ou disfunção nos sistemas que controlam a produção de testosterona, como a hipófise.

 

A forma mais comum de hipogonadismo secundário é chamado de hipogonadismo hipogonadotrófico, porque existe uma diminuição demonstrável nos níveis de FSH (Hormona Folículo Estimulante), também chamada de hormona gonadotrófica, que é produzida pela glândula hipófise. O hipogonadismo primário, em contraste, tem níveis normais ou até aumentados de FSH.

Outra condição que pode frequentemente levar à impotência sexual é chamada de hiperprolactinemia, que é um aumento anormal de outro hormona produzida pela hipófise, denominado prolactina. Nas mulheres, a prolactina é responsável por estimular as glândulas mamárias para produzir leite. Os homens normalmente têm níveis baixos de prolactina, mas em algumas doenças eles podem estar aumentados, tais como em um tipo de tumor benigno chamado prolactinoma.

Nos exames diagnósticos feitos para diagnosticar as causas da impotência sexual, o médico normalmente pede testes de laboratório destinados a medir o nível de testosterona, FSH e prolactina. Simultaneamente, níveis baixos de testosterona e FSH significam um diagnóstico de hipogonadismo hipogonadotrófico, Hiperprolactinemia está também muitas vezes associada à esta condição.

 

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